terça-feira, 3 de junho de 2008

Consumismo entre os jovens

Com um apetite consumista maior que o da média da população, o jovem sabe onde quer gastar e ainda influencia nas compras da família.
Os jovens brasileiros são consumistas, acomodados, individualistas e, sobretudo, vaidosos – muito vaidosos. Trata-se de uma autodefinição. Nesta semana, a MTV divulgou os resultados de pesquisa feita com 2.359 moradores de sete capitais brasileiras com idade entre 15 e 30 anos. Defrontados com uma lista de dezesseis adjetivos que poderiam caracterizar a sua geração, mais de um terço dos entrevistados (37%) optou pela palavra "vaidade". "Consumismo" veio em segundo lugar. Os jovens brasileiros, afirma a pesquisa, preocupam-se com a forma (75% praticam esportes e 31% tentam consumir alimentos diet ou com baixa quantidade de calorias), aprovam as cirurgias plásticas com finalidades estéticas (55%) e se esforçam para estar atualizados com a moda (41% já trocaram de aparelho celular de duas a três vezes, por exemplo). Outro dado impressionante: 60% dos entrevistados disseram concordar que "pessoas bonitas têm mais oportunidades na vida". A pesquisa, encomendada ao instituto Datafolha, ouviu jovens pertencentes às classes A, B e C, moradores das cidades de São Paulo (e interior), Salvador, Brasília, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Por que os pais não tentam barrar essa avalanche de consumismo juvenil?

Porque o consumismo não é considerado um problema.Na verdade, o consumismo só se torna realmente perigoso quando assume grandes proporções. O que preocupa é se as filhas vão engravidar ou se os filhos vão se viciar em crack. Nesse contexto, consumir é inofensivo. O consumo é visto como uma conquista do adolescente, sua primeira inserção no mundo adulto. Os pais dão mesadas aos filhos como uma preparação para a responsabilidade de ter o próprio controle.

segunda-feira, 2 de junho de 2008